sábado, 4 de abril de 2015

GENOCÍDIO NO CONTINENTE ESQUECIDO

     No ano de 2014 o genocídio em Ruanda cometido por Hutus contra os Tutsis completou 20 anos, esse conflito traz para os internacionalistas e defensores dos direitos humanos, assim como a todos as pessoas que presam pela vida e bem estar de social da humanidade uma série de questões a serem discutidas. 
     O filme Hotel Ruanda, trata desse tema "forte" de forma intensa, trazendo toda a angústia e apreensão que passaram Paul Rusesabagina e sua família durante o massacre genocida, no qual refugiou no Hotel no qual ocupava o cargo de gerente cerca de 1200 refugiados Hutus e Tutsis.
     É muito provável que você, assim como eu a bem pouco tempo atrás, nunca tenha ouvido nem falar desse Estado Africano (Ruanda) cuja capital é Kigali, aliás é incrível o quanto as pessoas tanto do ocidente como do Oriente sabem pouco sobre o continente que deu origem à humanidade.
     Os noticiários atuais falam em Ucrânia, e a Síria parece já ter sido esquecida e desapareceu dos noticiários, apesar dos seus mais de 200.000 mortos e cerca de 3 milhões de desolados. Parece que as atrocidades cometidas na África não existiram ou fazem parte de um passado distante, de uma notícia que você leu uma uma pequena nota no jornal e não deu importância, e ainda que genocídio não existe mais desde que a ONU foi criada e só aconteceu com os judeus na segunda guerra mundial.
      Isso não é verdade. Homens, mulheres, crianças. Massacres genocidas não perdoam absolutamente ninguém, famílias inteiras mortas por um ódio que não são a causa e nem tinham nascido quando ele começou, mortos devido à uma exploração de inconsequente de Estados imperialistas europeus que colonizaram a África sem nenhum respeito pelas etnias que faziam parte do continente. Agora fazem vista grossa, e quando são mais necessários se retiram do seu papel de responsabilidade na defesa dos direitos do homem que tanto pregam.
     A questão que fica é para que serve a ONU se não pode impedir tal desrespeito ao direito mais primevo do homem, o direito natural à vida. Talvez seja importante repensar  o papel das Nações Unidas na relações internacionais atuais, dando-lhe um papel mais ativo e poderes suficientes para que não ficar subjugada e dependente da boa vontade das grandes potências mundiais.
     O resultado para a falta de poder político  e militar da ONU na resolução de conflitos é conhecido. Em Ruanda foram quase 1 milhão de cadáveres Tutsis, aproximadamente 13% da população, sendo os responsáveis apenas julgados e condenados apenas em um tribunal internacional em 2002. O resultado que falta saber é da interferência das nações unidas no conflito antes que chega-se à esses números alarmantes. Espera-se no futuro uma real aplicação do princípio da "Responsabilidade de proteger" e da visão da diplomacia brasileira da "Responsabilidade ao  proteger" para que não se repita os eventos ocorridos em Kigali no fatídico ano de 1994.



Hotel Ruanda é um filme a ser assistido e assimilado de forma crítica


Paul Rusesabagina


Ruanda é um Estado Africano que se localiza no coração da África,
não possui acesso ao mar, tem como capital Kigali e foi colonizado
 pela Bélgica que dividiu a  população entre Hutus e Tutsis.


As crianças são as que mais sofrem nesse tipo de conflito


Estima-se que chegou à aproximadamente 800 mil mortos






     

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